Deputados e senadores do PT, à época do governo de Fernando Henrique Cardoso, declaravam que a privatização nas telecomunicações traria vantagens apenas à parte mais rica da população.
“Mais do que qualquer coisa, essas contradições mostram como o PT é incapaz de pensar no Brasil a longo prazo. Eles não se preocuparam com o que o Brasil precisava, e sim em fazer uma oposição raivosa ao Fernando Henrique Cardoso. Hoje estão no poder, e finalmente se convenceram de que as privatizações são uma boa alternativa. Mas enganaram o povo ao negá-las e depois realizá-las”, afirmou o presidente do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE).
Os parlamentares – entre eles, o então líder do PT, Jacques Wagner, atual governador da Bahia – ignoravam o fato de que, antes da abertura do sistema, os mais ricos já tinham acesso a telefones; aos pobres, ter uma linha telefônica em casa parecia um sonho distante. Poucos anos após a quebra do monopólio das comunicações, as classes C e D passaram dispor de telefones celulares.
Atualmente, o número de aparelhos móveis no Brasil chega a superar a população do país – 194,4 milhões contra 185,7 milhões, de acordo com dados fornecidos por Anatel e IBGE. Dessa maneira, pessoas menos favorecidas economicamente passaram com a telefonia móvel a possibilidade de ser contatadas para realizar atividades melhorarem sua renda. Muitos pedreiros, eletricistas, mecânicos, entre outros trabalhadores, começaram a ter com os celulares uma espécie de escritório virtual. Assim, aumentou o número de pedidos de serviços e, consequentemente, seu faturamento cresceu.

Publicado em 10 de fevereiro de 2012 / Agência PSDBNotícias