Brasília - O PSDB reúne, nesta segunda-feira (7), economistas e cientistas sociais no seminário: “Nova Agenda – Desafios e oportunidades para o Brasil”, promovido pelo Instituto Teotônio Vilela (ITV), no Rio de Janeiro, para discutir sugestões para uma nova agenda de desenvolvimento nacional.
O presidente nacional do partido, deputado Sérgio Guerra (PE), e o de honra, Fernando Henrique Cardoso, participam do encontro, que será aberto pelo presidente do ITV, Tasso Jereissati. Governadores, senadores e deputados do partido também são esperados para o evento.
“A estabilização econômica iniciada em meados dos anos 90 e, em certa medida, mantida até recentemente, permitiu a ampliação de um programa social bem focalizado produzindo avanços incontestáveis para a sociedade brasileira”, analisa o texto de apresentação do encontro.
Para acrescentar: “Mas a verdade incômoda é que o país segue sendo um dos mais desiguais do mundo, com indicadores de desempenho nas áreas de educação, saúde e segurança muito aquém das nações de mesmo porte entre os países em desenvolvimento. Pior do que isso, o atual momento mundial é extremamente delicado e, a depender da virulência da crise que se avizinha, o país tem, sim, muito a perder.”
As discussões serão divididas em temas econômicos e sociais. Na primeira mesa, Pérsio Arida, Gustavo Franco, Armando Castelar e Armínio Fraga, mediados pela economista Monica Baumgarten de Bolle.
O debate sobre temas sociais será conduzido pelo economista Edmar Bacha, em mesa formada por Simon Schwartzman, Claudio Beato, Marcelo Abi-Ramia Caetano e Andre de Medici. O ITV pretende que o evento seja o primeiro de uma série de debates que vão contribuir, de forma efetiva, para os rumos do país no futuro.
A maioria dos debatedores integrou a equipe que elaborou e implantou o Plano Real, em 1994, no Governo Itamar Franco, coordenados pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso.
Consolidado posteriormente durante o governo FHC, o Plano Real tornou-se o mais bem-sucedido e duradouro programa de combate à hiperinflação e de estabilização econômica, e que realmente construiu as atuais bases de desenvolvimento e progresso do Brasil.
“Pode-se dizer, no limite, que o país regrediu em setores cujas conquistas pareciam já sedimentadas. Então o Brasil vai mal? Certamente não. O Brasil vai bem? Essa não é a pergunta. Antes, é preciso responder a uma indagação mais profunda. Para aonde vai o Brasil? Que Estado pretendemos, que futuro vislumbramos? Essa é a questão a ser enfrentada no seminário “Nova Agenda – Desafios e oportunidades para o Brasil”, antecipam os organizadores.
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