“Não aceitarei que se pague na mesma moeda; não darei a eles o prazer perverso de supor que somos iguais. Pela simples, óbvia e boa razão de que não somos.” Dolorosos comentários sobre a doença de meu pai… Cheguei a ler que a doença devia tê-lo matado mais rápido. Mesmo assim não os tratarei da mesma maneira! Meu pai já estava bem doente, e Zé Dirceu bradou: “Vamos bater neles nas urnas e nas ruas… E bateram na porta da Secretaria de Educação”. Mesmo assim, não farei o mesmo… – Renata Covas Lopes.
O “chefe de quadrilha” (segundo a PGR) e deputado cassado por corrupção fez aquele discurso em 2000, durante uma assembléia de professores em greve. O sindicato era presidido por Bebel — sim, aquela da greve eleitoreira de 2010, que foi até multada pelo TSE e que preside o sindicato até hoje. É uma profissão boa. Não precisa sujar a unha de giz. Dias depois, em 1º de junho daquele ano, seguindo as ordens do chefão, os trogloditas agrediram covardemente o governador Mário Covas, agressão física mesmo, como vocês viram acima! Já bastante debilitado pelo câncer — morreu nove meses depois —, ele chegou a ter um ponto de sangramento no lábio e outro na cabeça.
É assim que eles fazem política: atropelando as leis nas ruas e nos palácios.
A escória que mama nas tetas públicas hoje em dia acha que palavras duras sobre a doença de Lula, são uma espécie de ofensa à santidade. Já Mário Covas podia, meses antes de morrer, ser espancado em praça pública, sob a incitação de Dirceu.
O “chefe de quadrilha” já se manifestou sobre esse vídeo e tentou dizer que era só força de expressão, que “bater nas ruas” queria dizer uma vitoria eleitoral. Releiam a frase: “E nós vamos dar a eles esta reposta: mais e mais mobilização, mais e mais greve, mais e mais movimento de rua, e vamos derrotar eles nas urnas também porque eles têm de apanhar nas ruas e nas urnas”.
Não! Sobre a derrota nas urnas, ela já havia falado. “Bater neles nas ruas” quer dizer “bater neles nas ruas”; quer dizer aquilo que os petistas fizeram com Covas.
Mas Renata tem razão; eu mesmo, se me permitem, tenho razão. Não se pode e não se deve pagar na mesma moeda. E assim deve ser NÃO para provar para eles que somos moralmente superiores. Para eles, não precisamos provar nada. Eles nem sequer saberiam apreciar um ato acima da linha de imoralidade.
Devemos proceder assim em homenagem à decência, à integridade do nosso caráter, à bonomia da nossa alma...
Por Reinaldo Azevedo.
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