IMPOSTÔMETRO

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A VERDADEIRA ESQUERDA PROGRESSISTA


Por Fernando Moreno Machado

A social-democracia é uma ideologia política de esquerda surgida no fim do século XIX por partidários do marxismo que acreditavam que a transição para uma sociedade socialista poderia ocorrer sem uma revolução, mas por meio de uma evolução democrática. A ideologia social-democrata prega uma gradual reforma legislativa do sistema capitalista a fim de torná-lo mais igualitário, geralmente tendo em meta uma sociedade socialista. O conceito de social-democracia tem mudado com o passar das décadas desde sua introdução. A diferença fundamental entre a social-democracia e outras formas de socialismo, como o marxismo ortodoxo, é a crença na supremacia da ação política em contraste à supremacia da ação econômica ou determinismo econômico sócio industrial. Isto ocorre desde o século XIX.

Historicamente, os partidos social-democratas advogaram o socialismo de maneira estrita, a ser atingido através da luta de classes. No início do século XX, entretanto, vários partidos socialistas começaram a rejeitar a revolução e outras idéias tradicionais do marxismo como a luta de classes, e passaram a adquirir posições mais moderadas. Essas posições mais moderadas incluíram uma crença de que o reformismo era uma maneira possível de atingir o socialismo. No entanto, a social-democracia moderna desviou-se do socialismo, gerando adeptos da idéia de um Estado de bem-estar social democrático, incorporando elementos tanto do socialismo como do capitalismo. Os sociais-democratas tentam reformar o capitalismo democraticamente através de regulação estatal e da criação de programas que diminuem ou eliminem as injustiças sociais inerentes ao capitalismo, tais como Bolsa Família e Opportunity NYC. Esta abordagem difere significativamente do socialismo tradicional, que tem como objetivo substituir o sistema capitalista inteiramente por um novo sistema econômico caracterizado pela propriedade coletiva dos meios de produção pelos trabalhadores.

Atualmente em vários países, os sociais-democratas atuam em conjunto com os socialistas democráticos, que se situam à esquerda da social-democracia no espectro político. Os dois movimentos às vezes operam dentro do mesmo partido político, como é o caso do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) no Brasil e o Partido Socialista francês. No final da década de XX, alguns partidos sociais-democratas, como o Partido Trabalhista britânico e o Partido Social-Democrata da Alemanha.

Fernando Moreno Machado é formado em Sociologia e Política pela FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), Secretário-Geral do PSDB de Porto Feliz-SP, Delegado Estadual e Nacional do PSDB.

Um governo na encruzilhada: para onde vai?


Por José Serra

A crítica ao loteamento político desenfreado dos cargos federais foi um ponto que repisei bastante na última campanha eleitoral. A necessidade de alianças para obter maioria parlamentar acabou gerando no Brasil um desdobramento nefasto: a partilha da máquina estatal por grupos políticos interessados apenas em se servir dela, e não em servir ao povo.

O caso do Ministério do Esporte foi o mais recente e emblemático. Dia após dia, as notícias brotaram, trazendo exemplos de iniciativas nas áreas que receberam o dinheiro, mas nada fizeram. Ou fizeram muito menos do que os recursos permitiriam fazer.

O problema não é monopólio de um partido ou de uma orientação ideológica. Da direita à esquerda, passando pelo centro e também por quem não chega a ter ideologia, a coisa se repete como um script pré-ensaiado. A turma instala-se na máquina e passa a ordenhá-la em benefício próprio.

A versão supostamente benigna diz que é para turbinar campanhas eleitorais, mas será legítimo desconfiar. É provável, como, aliás, o noticiário também começou a mostrar, que os desvios de conduta estejam a abastecer o patrimônio privado dos envolvidos. Ou, então, talvez estejamos diante de um modelo misto. Uma parte para a legenda e outra para quem coloca a mão na massa.

Mas, se o problema não está localizado numa sigla, ou num ponto do espectro ideológico, onde estará? A resposta é simples: na atitude de quem governa. As pressões são parte da política, mas ceder a elas e dar até o mau exemplo não é uma fatalidade. O governante tem margem de escolha, pode fazer ou não fazer. O partido pedir um ministério “de porteira fechada” é do jogo, mas quem governa deve ter força e convicções para conseguir dizer “não”. E vejam bem: daria na mesma se, em vez da porteira fechada para um partido, se dividisse cada ministério ou empresa estatal entre vários partidos e subgrupos, como, aliás, é feito na Petrobrás e na área elétrica do governo.

O presidencialismo de coalizão não éfenômeno recente no Brasil. Foi suspenso durante o regime militar e voltou com força plena desde a redemocratização, especialmente depois da Constituinte. A pulverização partidária obriga. Mas, infelizmente, os últimos anos mostram que o sistema degenerou, degradou-se por força de circunstâncias político-policiais. Especialmente no governo anterior a este, período no qual governabilidade acabou se tornando sinônimo de reunir apoio para abafar escândalos.

Mas a nova presidente não estava obrigada a prosseguir na mesma toada. E para alguns, o início do governo parecia começar a acenar com uma diferença. Houve quem apostasse num esforço para promover cirurgias em pontos críticos da máquina, drenar abcessos, acabar com a “porteira fechada”. Segundo os portadores dessa boa vontade, isso seria natural, pois a presidente precisava mostrar capacidade de comando, alguma ascendência sobre uma administração praticamente organizada pelo antecessor.

Mas, agora, no caso do Ministério do Esporte, evidenciou-se a fraqueza dessa tese. Precisou o STF agir para que o Planalto se mexesse. Talvez não estivesse convencido das vantagens do trade-off na relação com um velho aliado, flagrado em meio a todo tipo de malfeitoria. E ia cedendo à tentação dos panos quentes, que não resolve problema nenhum.

O STF acabou ajudando o governo. Um mau desfecho para a crise no Esporte representaria a renúncia definitiva da presidente da República à ideia da “faxina”, que tão útil tem sido para implantar uma marca. E teria sido assim, não fosse o tribunal. No mundo político os limites da presumida “faxina” presidencial são bem conhecidos, mas, agora, tratar-se-ia de escancará-los ao grande público.

Mais grave, porém, seriam as consequências no médio e no longo prazo. As diversas facções e grupos instalados na máquina olhariam a coisa como uma senha para a impunidade. Construa uma blindagem formal, e seu feudo político estará protegido. Fale grosso e sobreviverá, independentemente do que você fez. O resultado seria acelerar a degeneração.

O governo Dilma Rousseff está numa encruzilhada, num daqueles pontos onde as coisas se definem para o futuro. Ou mostra que tem força para fazer as coisas acontecer na administração e para continuar dissecando os abscessos – e, portanto, sinaliza que está no controle da situação – ou acaba abrindo um período de vale-tudo. Perto do qual o que vimos até agora parecerá brincadeira de criança.

A política é relação de forças e não admite o vácuo. Ou a presidente manda no governo dela, ou saberemos que alguém está a mandar.

José Serra foi Governador do Estado de São Paulo pelo PSDB.

A “Era da apatia”!


Por Raul Christiano
Como despertar a sociedade para mudanças de verdade no cenário político atual? Essa pergunta virou lugar comum em qualquer situação. E o pior é que os seus autores quase sempre resistem às respostas, que remetem à democracia e às eleições, porque acham que a maioria escolhe errado na hora certa. Penso diferente e encontrei algumas justificativas coincidentes na leitura do livro "1968: O que fizemos de nós", de Zuenir Ventura. Votamos em candidatos que são mais capazes na divulgação de suas idéias e que conseguem nos convencer que farão o melhor. Mas também acho que o desconhecimento da história dos pretendentes, por razões ideológicas ou de prioridades atuais, pode ser responsabilizado pelas escolhas superficiais, descomprometidas.

No meu período de militância mais aguerrida pelo socialismo, a opção pelo voto recaía em personagens que se diziam favoráveis àqueles ideais e isso era um bom motivo para lhes dedicar apoio irrestrito. A ditadura militar era suficiente para nos mobilizar contra e, desde o meu primeiro voto em 1978, muita água passou por debaixo da ponte. Agora fico refletindo sobre o que mudou em cada um de nós, com a democracia reconquistada e a mistura de opções políticas.

Zuenir tem uma resposta para explicar, na sua visão, o comportamento de uma parte dos alvos de uma eleição hoje: "Desapegada ideologicamente, essa turma bem de vida e de poder aquisitivo não se interessa pela política, não tem preocupações sociais e não protesta nem contesta, pelo menos da forma como faziam os seus antepassados quarentões e sessentões, anárquicos ou rebeldes. Em vez da militância, ela prefere a abstenção, a renúncia ou a dissidência. Nem mesmo a liberdade sexual se apresenta como reivindicação coletiva, talvez porque já tivesse sido conquistada pelos que vieram antes."

Mas o foco da política nunca foi exclusivo das elites intelectuais. Convivi nos movimentos comunitários, sindicais e estudantis com pessoas preparadas para lutar por ideais como o fim das desigualdades sociais e pelo direito de conduzir política e administrativamente o seu próprio futuro. Só acho inaceitável a inversão de valores, que de forma crescente virou justificativa para aumentar a importância de quem leva vantagem em tudo. Isso tem sido fatal para quebrar a confiança nos sentimentos autênticos da sociedade, quando alguém ousa vender a idéia de que muda as coisas sem se importar com valores éticos e morais, sacaneados por uma parte significativa dos políticos com mandato.

Votamos em candidatos que são mais capazes na divulgação de suas idéias. Eles saem vitoriosos das disputas eleitorais e se sentem livres das cobranças dessas idéias, porque no Brasil também virou lugar comum saber dos políticos apenas quando os seus nomes aparecem em escândalos no noticiário. O livro de Zuenir Ventura nos permite viajar na evolução do comportamento da sociedade brasileira, relacionando conquistas e tentando explicar essa falta de espírito de luta em nossos dias.

Especialistas em comportamento social mostram pessimismo, quando o tema em debate é a política na sua essência. Definem essa nossa época como a "era da apatia". Por isso, nesse mundo sem bandeiras e palavras de ordem, o desafio de mobilizar a sociedade para realizar mudanças, que ela nem bem sabe por onde deveria começar, passa obrigatoriamente pela educação. Para um bom começo, Educação é tudo!

Raul Christiano é professor, escritor, poeta, jornalista e TUCANO.

domingo, 30 de outubro de 2011

PSDB denuncia censura prévia do PT de Brasília

Brasília: O PSDB enfrenta uma tentativa de censura prévia por parte do PT do Distrito Federal, que busca impedir a divulgação de vídeos que relacionam o governador Agnelo Queiroz (PT) às denúncias de corrupção contra o ex-ministro Orlando Silva, do Esporte.

O diretório do PSDB no DF recebeu a informação sobre a ação nesta quinta-feira (27). Os petistas pedem que dois vídeos não sejam veiculados. Em ambos, lembra-se do fato de Queiroz e Silva serem aliados da presidente Dilma Rousseff, e também dos inquéritos contra o atual governador que tramitam no Superior Tribunal de Justiça. Silva e Queiroz (que o antecedeu no Ministério do Esporte) são acusados de chefiarem um esquema para o desvio de verbas públicas na pasta.

“Esse desespero do PT acontece porque eles sabem que Queiroz tem participação nos escândalos divulgados”, avaliou o presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE).

Ele afirmou que o partido não compactua com nenhuma espécie de censura e que lamenta ver o tema citado, ainda que de maneira indireta, pelas forças governistas: “quando começou o escândalo Orlando Silva, o PCdoB voltou a falar em controle da imprensa. Agora promove essa censura prévia. É uma posição que nos preocupa”.

Assista aos vídeos

Segundo tempo 1:

(UNE) ELES BEBEM. VOCÊ PAGA!



O TCU investiga repasses de dinheiro do governo à UNE. Já descobriu que parte dos recursos foi usada em festas e na compra de uísque, vodca, cerveja...

Veja on-line

Fundada em 1937, a União Nacional dos Estudantes (UNE) foi protagonista de inúmeros episódios de luta por ideais republicanos. Na década de 40, combateu a influência do fascismo europeu no Brasil. Durante os anos mais trevosos do regime militar, seus principais líderes empunharam armas para reivindicar democracia.

Essa gloriosa história pertence ao passado. A moçada agora quer sombra, uísque, gelo e água fresca grátis em troca de servidão automática ao governo. Contestação é coisa de otário. Os líderes da principal entidade estudantil brasileira dissipam sua náusea burguesa com garrafas de vodca, uísque, gelo e caixas de cerveja pagos com nosso dinheiro. Compram tênis e bolsas Puma, Nike ou Adidas, símbolos do “imperialismo”, e mandam a conta para os proletários brasileiros que trabalham e pagam impostos.

A atuação pelega da UNE de hoje envergonha seus heróis do passado. Dominada por parasitas do PCdoB desde os primórdios, a entidade perdeu a força, a voz — e o pudor. Desde 2003, recebeu 42 milhões de reais de dinheiro tomado pelo governo dos proletários brasileiros e entregue aos pequeno-burgueses que fingem estudar.

O Tribunal de Contas da União (TCU) resolveu esmiuçar a aplicação desses recursos e deparou com gravíssimos indícios de irregularidades. Despesas injustificáveis, descritas em notas fiscais suspeitas, amontoam-se nas prestações de contas investigadas. Somente em um convescote da UNE de 2008, apelidado de Caravana Estudantil da Saúde, o TCU suspeita que mais de 500.000 reais tenham sido roubados.

Essa foi a quantidade de dinheiro que sobrou depois que todas as despesas previstas foram pagas. A UNE devolveu os recursos? Não. Como todo militante adulto da corrupção, a entidade dos jovens mandou avisar que gastou o dinheiro do povo com “assessorias”. “Não tenho conhecimento de irregularidades", diz Daniel Iliescu, presidente da UNE que assumiu há quatro meses. "Se houver e formos notificados pelo TCU, vamos corrigi-las”.

Notas fiscais analisadas pelo tribunal mostram que a “revolução pela garrafa” é a nova palavra de ordem da UNE. Sob a fachada de promover Atividades de Cultura e Arte da UNE, em 2007, os pequeno-burgueses da UNE beberam caixas e caixas de cerveja, garrafas de uísque escocês e de vodca.

Diz o procurador do TCU Marinus Marsico: “É evidente o descaso da UNE com o patrimônio público. Fico estarrecido de ver tanto dinheiro do povo usado sem obediência aos princípios da moralidade”.

Continuem assim, jovens revolucionários da garrafa, um ministério os espera.


OPINIÃO
E depois querem, os PTrulheiros, posar de bonzinhos quando chamamos os alunos de massa de manobra, os fatos neste país são maiores que seus argumentos fracos e vendidos. E continuaremos nos calcanhares da falsa esquerda “viúva do muro de Berlin”, que hoje calça sapatos de cromo alemão e veste ternos sob medida Ricardo Almeida às custas do suado dinheiro do trabalhador brasileiro, tão enganado e usado pelo partido dos mantenedores de ONG’s mais que suspeitas.
E o aparelhamento da mídia nesta cidade que é mais do que notório, nos deixa envergonhados enquanto articulistas e cidadãos, até quando seremos reféns de uma mídia empobrecida de LIBERDADE EDITORIAL? Com a palavra, O POVO!

sábado, 29 de outubro de 2011

ESTA SIM! UMA MANIFESTAÇÃO ESTUDANTIL LEGITIMA!


Santa Maria e Fortaleza inauguram protestos contra o Enem.
'Alunos na rua, Enem a culpa é sua', gritavam alunos na capital do Ceará
Pelo menos 300 estudantes em Santa Maria, mais 300 estudantes em Fortaleza, inauguraram nesta sexta-feira o que prometem pela internet ser uma onda de protestos contra o Enem.

Nesta manhã, no interior do Rio Grande do Sul, a manifestação foi na Praça Saldanha Marinho, no Centro. Alguns estudantes falavam de cima de um carro de som. Outros usavam nariz de palhaço, e em frente ao espelho de uma loja havia até uma fila para os estudantes pintarem a cara. Algumas das palavras entoadas pelos estudantes foram: "Um, dois, três, quatro, cinco, mil! Queremos que o Enem vá para a..." e também: "Ei MEC, cadê o respeito? Não se trata estudante desse jeito". Uma professora pediu a anulação das 14 questões idênticas às do material distribuído no Colégio Christus, em Fortaleza. Outros estudantes pediam o retorno do vestibular das federais ou a criação de Enems regionais, em substituição a uma prova para todo o Brasil.

Poucas horas depois e a 4.100 quilômetros dali, na capital do Ceará, outros 300 estudantes, de vários colégios, fizeram uma manifestação contra o Enem na Praça da Imprensa, no bairro Dionísio Torres. A maioria estava sem uniforme, mas outros trajavam roupas de diferentes escolas. Alguns portavam cartazes questionando a lisura da prova, com dizeres como “Vazou ou não vazou?”, “Haddad, pede pra sair”, e “Não foram só 639 que tiveram acesso às questões”. A iniciativa do protesto foi de alunos do colégio Ari de Sá.

“O motivo dessa manifestação é que o Enem tem tido problemas consecutivos nas três edições. O que a gente quer é que seja sério”, disse o estudante Guilherme Almeida, do 3º ano do Ari de Sá. Ele diz ser contra o cancelamento do Enem apenas para os alunos do 3º ano do Christus. “Ou cancelam as questões repetidas, ou cancelam a prova para todo mundo”.

Alguns dos manifestantes cearenses também usam nariz de palhaço. Outros pintaram o número 14 no rosto, em referência às questões do material do colégio idênticas às aplicadas no Enem neste fim de semana.


“Alunos na rua, Enem a culpa é sua”, gritam os estudantes. Eles deram a volta em dois quarteirões e fecharam a rua enquanto andavam. Eles se descolaram para não atrapalhar as aulas de uma escola e caminharam rumo ao prédio do Ministério Público Federal.

Agora pergunto: Onde estão os alunos “NÃO MANIPULADOS” de Porto Feliz? Ou será que o ENEM não é de interesse municipal por se tratar do MEC do partido da situação. FICA A DICA PROFESSORES...

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O ANALFABETO POLÍTICO

UM BOM EXEMPLO DE CIDADANIA TEM QUE SER SEGUIDO!

Agente de Trânsito Jobson Meirelles, Vila Velha - ES. Uma lição de vida!

BRADOS RETUMBANTES

Por NELSON MOTTA, estadao.com.br - 28/10/2011

A cada ministro que cai, ainda ecoam vozes do Planalto repetindo o bordão de que a presidenta não será pautada pela imprensa, não irá a reboque da mídia, não decidirá sob pressão. Embora todos os escândalos que levaram a quedas de ministros tenham sido levantados justamente pela imprensa. Grande erro, pois o governo tem que agir, sempre, sob pressão da mídia que é a voz do povo que deveria ser atendido por ele, pois os governantes estão aí para nos servir, embora não o faça nem queira admitir.
Nunca na história desse governo a mídia e a opinião pública foram surpreendidas com algum ministro demitido por malfeitos flagrados e revelados pelo próprio governo e seus órgãos de controle.
Se a imprensa não gritasse, o ministério inicial de Dilma/Lula estaria intacto e, como dizia o ministro Orlando Silva, seria indestrutível. É por isso que o Zé Dirceu e seus colunistas militantes gritam tanto contra a 'mídia golpista'. Por ser legalista demais.
Daí a obsessão de controlar os meios de comunicação por meio de conselhos a serem aparelhados por partidos e sindicatos. Inspirada nos modelo venezuelano e argentino, uma das bandeiras dessa 'democratização da mídia' é a limitação da 'propriedade cruzada': quem tem televisão não pode ter rádio, jornal, portal de internet ou canal de TV paga ao mesmo tempo.
Apesar da competição acirrada no bilionário mercado publicitário brasileiro, eles querem nos proteger de monopólios imaginários, ignorando que a interação entre várias mídias é hoje uma exigência dos grupos de comunicação independentes, que os viabiliza economicamente. A produção de informação e entretenimento custa, e vale, cada vez mais.
Para manter a TV Globo, seus acionistas teriam de vender suas revistas, rádios e canais pagos. A Folha de S. Paulo teria de se desfazer do UOL. A Band teria de escolher entre suas rádios ou TVs. A RBS perderia o Zero Hora. Coitado do Sarney teria de abrir mão de sua Rede Mirante ou da Tribuna do Maranhão.
O sonho dirceuzista é ver empresários 'progressistas' comprando a CBN, a Época, o UOL e a Band News, financiados pelo BNDES, por supuesto, para 'democratizar' as comunicações brasileiras. Como jamais conseguiram criar, mesmo com rios de dinheiro público, um veículo de sucesso e credibilidade, desistiram de tentar fazer, agora querem comprar feito.

RATOS


Por Fernando Moreno Machado

Se houvesse alguma lealdade e brio no adversário, talvez fosse tudo muito mais fácil. Provavelmente nem haveria tão acirrada adversidade, dada a passividade malemolente que herdamos dos índios. Mas não há. O adversário é traiçoeiro, ladino, omisso, mal intencionado.

Nem todo o trauma, porém, é culpa do adversário. Mesmo a parte adversária que não é aliada de outros adversários, torna-se conivente, seja por inépcia, seja por conveniência, com os desarranjos do adversário. Como num contrato legal, a partir deste ponto entenda-se por adversário o grupo que comanda a todos, adversários – também conhecidos como PTralhas – e passivos espectadores, os incolores, que comportam-se como calangos sobre o muro, satisfeitos com suas horas de sol e os insetos que se lhe caiam ao alcance da língua.

O maior de todos os adversários, aquele que saiu das classes baixas para o topo da pirâmide e tornou-se o messias dos adversários, tem a louvável qualidade oriental da paciência e a péssima característica dos mafiosos sicilianos. Paciência e vingança correm em suas veias. Soube alimentar por 28 anos sua sede de poder e vendeta. Alimentou-se com mingau frio da beirada do prato esperando a hora de avançar no meio onde se concentra a canela e os nacos mais substanciosos de milho e queijo. E o mingau estava bom, tanto que não quis passar o prato adiante, até admitiu que levaria o prato para casa ao final da segunda rodada de serventia dos acepipes.

Qualquer outro com o mínimo de dignidade envergonhar-se-ia de admitir que o gosto pelo poder era tão grande, os prazeres que se lhe dera tão inalcançáveis para seus rivais da plebe, mas não ele, não o messias da cara de pau. Este queria mais e sua sede não se aplacou, deseja atravessar o Mar Vermelho de novo e consigo trazer mais multidões para lhe fazere a corte e o proteger dos adversários morosos, complacentes, condescendentes, imovíveis.

Como líder dos desleais, não deixou de ser copiado. Sua escolhida, a messias do messias, já percebeu, conhecedora da velha práxis esquerdistas de livrar-se dos amigos quando eles deixam de ser úteis, e protege-se afastando-se pelos cantos, escamoteando, dando-lhe um sorriso afetuoso e virando-lhe as costas com esgares de medo e vigilância absoluta. Eles são iguais e se conhecem. Vieram do mesmo lixo humano, embora de castas diferentes. Sendo crias da mesma ninhada sabem que todo o cuidado é pouco em relação a seu vizinho e seus aliados. Nenhum dos dois tem a lealdade esperada numa contenda limpa. Dissimulam seu ódio e desejos inconfessáveis pelos prazeres do trono com sorrisos ensaiadamente amigáveis e tapinhas nas costas, as mãos procurando o local ideal onde se fincar o punhal.
Os adversários do adversário é que não aprendem. Fingem-se de mais inteligentes, mas, de fato, são apenas mais cultos, mais instruídos, mais estudados. O messias e seus protetores mostram que detêm a inteligência. Não confundir com a virtude, mas o vício. A tal inteligência que no Brasil foi rebatizada para “esperteza”, um vício muito mais danoso do que o tabagismo, que faz lá suas vítimas periféricas. As vítimas da esperteza institucionalizada pelo messias e seus orientadores intelectuais, um grupo disforme, porém conhecido de facínoras em pele de cordeiro, doutores que não têm títulos, senhores que não têm índole, autoridades que não têm caráter, consultores que não têm empresa, traficantes de papéis e influências, é toda uma nação que alimenta a metástase que a camarilha por ele comandada inoculou paulatinamente a partir de um pequeno vírus vermelho. Uma corja putrefata camuflada em ternos italianos e tailleurs Channel.

Fernando Moreno Machado é formado em Sociologia e Política pela FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), Secretário-Geral do PSDB de Porto Feliz-SP, Delegado Estadual e Nacional do PSDB. 

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

ENEM: Muita gente para um segredo


O INEP, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, a mega-autarquia responsável pelo gerenciamento da Educação nacional, diretamente ligada ao MEC, é uma daquelas boas idéias que tornam-se monstros diante má gestão e da megalomania vermelha.

Entre as incontáveis missões do INEP, está a elaboração, distribuição, correção e divulgação dos resultados das avaliações dos ensinos básico, médio e superior em todo o país. Atualmente é presidido por Malvina Tania Tuttman, uma pedagoga, ex-reitora da UFRJ, que tem entre suas especializações Planejamento e Avaliação Educacional, especialmente em flexibilização curricular (o que para mim já é uma temeridade, mas é conversa para outra hora). Não vou entrar no currículo escolar da senhora Malvina, sobre seu histórico acadêmico dou a palavra ao Reinaldo Azevedo, que sabe bem mais. Num artigo, porém, ela mostra o que acha da inclusão na universidade pública, clara análise esquerdista.

Voltando ao INEP e às avaliações.

Recriado por decreto presidencial de 2007, o INEP surgiu com atribuições centralizadoras e com tendência de unificar o ensino em todo o país, contrariando, inclusive, princípios determinados por educadores esquerdistas históricos como Paulo Freire e Pedro Casaldáliga, que defendiam a regionalização do ensino, dadas as enormes diferenças culturais. Dom Casaldáliga, citava o já clássico exemplo das cartilhas que ensinavam a criança a ler com frases como “vovô viu a uva”, que ele rebatia, “como falar de uva para uma criança de Marabá que jamais viu uma uva na vida?”.

A nova autarquia não se resumia a unificar a educação, mas a cavucar todos os cantinhos da educação nacional e até teve momentos interessantes, como quando criou o piso salarial nacional para professores, embora ainda desrespeitado em incontáveis municípios Brasil à dentro.

As avaliações nacionais de qualidade do ensino foram instaurados pelo ministro Paulo Renato no segundo mandato de FHC. A princípio, bem ao feitio democratista tucano, estas avaliações, principalmente ENEM e o hoje chamado SINAES, popularmente chamado Provão do Ensino Superior, eram facultativos. Nos primeiros anos aconteceram até boicotes em massa em diversas universidades públicas, principalmente nas faculdades de Ciências humanas, sabidamente o braço mais forte das universidades federais. Seguia o caminho da CPMF, que foi entrando devagarzinho, 0,18% das transações bancárias e terminou comendo 0,38% dessas transações.

Contou-me o reitor de uma universidade federal, em maio deste ano, que adotar o ENEM como critério de seleção é facultativo para as universidades federais, mas apenas pró-forma. De fato, há uma ameaça por parte do MEC: as universidades que não adotarem o ENEM terão suas verbas reduzidas. Outra característica da democracia esquerdista: você é livre para fazer o que quiser desde que eu também queira.

As avaliações qualitativas trazidas por Paulo Renato eram inspiradas nas avaliações que acontecem nos Estados Unidos, França e Inglaterra há décadas, mas logo foi devidamente abrasileirada. No país em que bandidos são soltos porque não há presídios para todos, às penas são amenizadas pelos mesmos motivos e assassinos menores de idade são apenas menores infratores; em que não se consegue inibir o tráfico de drogas, por isso estuda sua descriminalização; em que uma senadora chefe de uma família sabidamente desagregada resolve acabar com as comemorações dos dias das mães e dos pais nas escolas; em que foi criado um ministério da desburocratização que foi extinguido antes de extinguir a excessiva burocracia; em que, mesmo após morrerem 93 pessoas de meningite num estado, por falta de vacinas e vontade de comprá-las o governo teima em ignorar que haja um surto da doença, a baixa qualidade do ensino detectada pelas provas nacionais – ENEM, ENCCEJA, SAEB, Prova Brasil e SINAES -. Preferível baixar o nível dessas avaliações do que elevar a qualidade do ensino.

Eis a idéia que era boa e tornou-se um monstro.

Todas as universidades federais têm uma Comissão Permanente do Vestibular, responsável pela elaboração das provas e todo o processo seletivo. O INEP abriu a essas Comissões a possibilidade de participarem da elaboração das provas. Ainda há uma consultoria do IMETRO, que participa desde a elaboração das questões à impressão, ao preço de R$ 167.216,80, em 2011. Mesmo com a Casa da Moeda, cercada de toda a segurança que um edifício pode ter, e a gráfica de melhor qualidade do país, ou mesmo o parque gráfico de grandes universidades, como UnB, USP ou UFRJ, as provas do ENEM são impressas pela Gráfica RRDonelley, uma empresa privada com sede no Rio de Janeiro. Mais coisa: dentro do INEP há uma senhora chamada Gisele Gama, consultora da autarquia e da Abaquar Editores Associados, uma escola de cursos on-line. É muita gente para guardar um segredo.

É comum professores pegarem questões em livros, apostilas e vestibulares, ENEM, olimpíadas de matemática etc. para elaborarem suas provas, mas parece que o processo está se invertendo. Mesmo saltando de R$ 145, 1 milhões, em 2009, para R$ 238,5 milhões este ano os custos do ENEM, saltando de R$ 39,00/aluno, para R$ 45,00/aluno e contando com toda essa maquinaria estatal e pública por trás, ao que parece os elaboradores das provas piratearam questões elaboradas pelo Colégio Christus, de Fortaleza, e furtaram 14 questões. O noticiário e o ministro inepto tentam inverter as coisas, dando a entender que o Colégio foi quem adiantou as questões, mas, ao que consta, as ditas questões estavam em simulados do ano passado que o colégio ministrou aos seus alunos. Estamos pagando muito para toda essa multidão aproveitar-se do trabalho de professores de um colégio, como se fossem os profissionais fortalezenses os bandidos desse novo capítulo do livro de inoperância, desonestidade e despreparo do atual ministro, seus assessores, seus consultores e quem mais estiver envolvido no processo.

©Marcos Pontes

SOBRE VERDADES E LIBERDADES


Por Fernando Moreno Machado

Voltarei ao assunto da escola Monsenhor Seckler e ao artigo publicado neste Blog (ALUNOS=MASSA DE MANOBRA) que foi citado por vereadores da situação na última seção da câmara de Porto Feliz, para dizer que aqui jamais aceitaremos qualquer tipo de censura. As críticas são livres e jamais me oporei a elas, no entanto, não abro mão de dizer o que penso e tenho a liberdade me dada por um partido SOCIAL DEMOCRATA de fato para expor minhas opiniões e assim o farei sempre, quem não gosta e não aceita o contraditório que se morda. Lembro que a autoria do texto em questão não é minha, e por concordar com seu conteúdo o publiquei aqui.

Para aqueles que se sentiram ofendidos, devo lembrar que uma vez escolhido um caminho deve se seguir por ele, e também deve se estar pronto para sofrer as suas consequências, ou então não se exponha. Confesso que fiquei feliz quando vi jovens se reunindo para lutar por uma causa, eu mesmo já saí às ruas diversas vezes e continuo saindo para expor a minha opinião sobre este ou aquele assunto. Acreditei em um primeiro momento, que os alunos se reuniam naquela segunda-feira para protestar contra a corrupção que se instalou neste país na última década. Quando soube o real motivo pensei: Será que eles sabem o que estão fazendo? Pois havia falado naquele mesmo dia com o Dr. Fernando Padula, que além de meu amigo, presta um brilhante serviço na Secretaria Estadual da Educação, e ao me inteirar a respeito do programa proposto, fiquei empolgado com a possibilidade de se instalar em uma escola de nosso município. Mesmo jamais tendo estudado lá, tenho imenso carinho por aquela escola por se tratar do local onde minha mãe trabalha.

Portanto para aqueles que se acostumaram a voar em céu de brigadeiro e jamais foram confrontados ou desmentidos, digo que a farra acabou. E para o desespero de alguns, estarei sempre por aqui para falar o que penso, sem amarras ou censuras.

Fernando Moreno Machado é formado em Sociologia e Política pela FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), Secretário-Geral do PSDB de Porto Feliz-SP, Delegado Estadual e Nacional do PSDB.

A VERDADE SEMPRE LIBERTA

Por José Serra

“Tendo encarado a besta do passado olho no olho, tendo pedido e recebido perdão e tendo feito correções, viremos agora a página – não para esquecê-lo, mas para não deixá-lo aprisionar-nos para sempre.” – Desmond Tutu


Está na reta final o debate no Congresso sobre a Comissão da Verdade, cuja missão será também elucidar o destino dos brasileiros que desapareceram na resistência, armada ou não, à ditadura. É justo que suas famílias e amigos recebam do Estado a explicação definitiva sobre os fatos, a ser registrada pela história. Pois, se governos mudam, o Estado é um só, há uma linha de continuidade institucional.

O projeto da Comissão da Verdade ficou empacado por um bom tempo, por causa de erros cometidos pelo governo anterior. Misturaram-se três assuntos: o direito à verdade propriamente dita, o sacrifício de pessoas inocentes em ações das organizações armadas que contestavam o regime e o desejo de responsabilizar criminalmente os agentes desse regime envolvidos na violência contra a oposição da época. Um desejo que não encontra sustentação legal. Neste caso, o impasse só foi superado depois que o Supremo Tribunal Federal decidiu pela vigência da Lei de Anistia de 1979, considerando que ela foi recepcionada pela Constituição.

A Lei de Anistia foi uma conquista das forças democráticas, foi arrancada do regime militar após uma ampla mobilização política e social. E é também produto da sua época e da correlação de forças daquele momento. O STF julgou bem, ao não desfazer aquele acordo, que, no balanço final, foi positivo para o Brasil, permitindo uma transição menos atribulada para a democracia. No trade-off, o país saiu ganhando.

A anistia acabou permitindo uma reconciliação verdadeira. Diferentemente de outros países, evitamos aqui alargar o fosso entre o corpo militar e a sociedade. E Forças Armadas respeitadas, coesas e integradas à institucionalidade democrática são um pilar fundamental da estabilidade e da afirmação nacionais. É importante que a Comissão da Verdade, agora em debate no Senado, com a competente relatoria do senador Aloysio Nunes, do PSDB, cujo substitutivo melhora o projeto saído da Câmara, parta das premissas certas.

Seu objetivo não deve ser promover um ajuste de contas parajudicial com personagens do passado. Isso, aliás, cairia facilmente na Justiça. Muito menos deve se deixar atrair pela tentação de produzir uma história oficial. Ou uma narrativa oficial. Precisará, isto sim, concentrar todas as energias na investigação isenta e objetiva. E não na interpretação.

Para tanto, é preciso garantir a ela uma composição pluralista, o que deveria ser de interesse do próprio Executivo, pois seria péssimo se a Comissão da Verdade tivesse seu trabalho questionado por abrir as portas ao facciosismo, à parcialidade e ao partidarismo. É ilusão imaginar que um assunto assim poderia ficar livre de olhares político-partidários, mas é importante minimizar o risco. E para isso a pluralidade é essencial.

Tampouco será o caso de transformar a comissão em órgão certificador de papéis históricos. Não caberá a ela fazer o juízo de valor sobre cada personagem. Seria uma espécie de crueldade pretender realizar a posteriori o julgamento histórico-político de cada ator da época. Sabe-se que o homem é ele mesmo e suas circunstâncias. O comportamento sob tortura, apenas como exemplo, jamais poderá ser objeto de juízo moral posterior. Sob pena de estimular a inversão de papéis e a execração das vítimas.

No fim dos anos 60 e começo dos anos 70 do século passado, o Brasil foi palco de variadas formas na luta contra o regime. Cada um de nós é livre para olhar aquele período e concluir o que foi certo e o que não foi na resistência à ditadura. É um olhar político. E é natural que cada um enxergue o passado à luz de suas convicções atuais. O complicador aparece exatamente aqui: as convicções atuais são também fruto da experiência acumulada, incluindo os erros passados.

Não se trata aqui de ceder ao relativismo, mas deixar cada um com o seu papel. As instituições fazem o seu trabalho e os historiadores fazem o deles. Parece-me uma boa divisão de tarefas.

Por último, reitero uma convicção que já expressei em público. É fundamental para qualquer país não ter medo do passado. A transparência sobre acontecimentos recentes é importante para construir uma sociedade ainda mais democrática. O exemplo a seguir poderia ser o da Comissão de Verdade e Reconciliação da África do Sul. As palavras do grande bispo Desmond Tutu, presidente dessa comissão, deveriam servir de guia para todos que queiram, com sinceridade, enfrentar os desafios do presente.
José Serra foi Governador do Estado de São Paulo pelo PSDB.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

CALA BOCA? AQUI NÃO!!

Aqui a resposta aqueles que querem dar um "CALA BOCA" neste blog, informo que jamais o farão, pois corre em nossas veias o sangue daqueles que lutaram pela verdadeira democracia.



terça-feira, 25 de outubro de 2011

A TRAVESSIA

O ANALFABETISMO POLÍTICO NO BRASIL


Por Fernando Moreno Machado
Já dizia Bertold Brecht, em seu poema que criticou tão pesadamente aqueles que dizem ter orgulho de se alienar de conversas sobre política, que essa mesma gente é quem origina o mal social. Notamos sua razão quando olhamos para dentro do Brasil, cujo povo, em sua maioria, tem horror a falar sobre o que acontece em Brasília, exceto falar o popular “dogma” de que “político é tudo ladrão”.
Os hábitos políticos do brasileiro médio, notavelmente, restringem-se a repetir a citada “verdade” e, estritamente em épocas eleitorais, a debater quem é o menos pior candidato. É notável a quase generalizada aversão a se falar do que acontece em Brasília.
Não se fala nas mesas de bar e vizinhanças sobre a votação dos projetos de lei, sobre as manobras limpas ou sujas nas relações de poder, sobre as estratégias políticas, sobre como os parlamentares e chefes do Poder Executivo deveriam proceder em relação a estratégias políticas.
Queira o povo ou não, esse assunto é extremamente importante e ignorá-lo é um delito contra a integridade do país onde vivem, é rejeitar a democracia. Reiterando o que Brecht disse, é desse comportamento que vêm “a prostituta, o menor abandonado e (…) o político vigarista”. Deixar a política de lado, além de ser um não da pessoa à democracia, permite que os tais vigaristas ajam livremente sem a oposição do povo e impede que os políticos mais honrados e que mantêm os laços com seus eleitores – sim, eles existem, queira você ou não – tenham em mãos um maior variedade de estratégias de manobrar sua influência política e conseguir apoio a suas leis.
Por mais que a política no Brasil venha decepcionando, mais válido do que desistir de falar dela é discutir como substituir a corja que domina as casas legislativas dos municípios, dos estados e do País. É um engodo a frase popular que diz que “política não se discute”. Discute-se sim, desde que a simpatia manifestada pela pessoa a determinada corrente política exista mais por racionalidade e menos por sentimentos de fé de que tal corrente irá “revolucionar”.
Discutir a postura de determinado homem/mulher público(a) e estratégias políticas que ele(a) pode adotar não é muito distinto de debater como determinado time de futebol deve agir. Por exemplo, palpitar como Aloysio Nunes deve atuar em seu mandato de senador, desde que haja conhecimento de sua pessoa política, não é tão diferente assim de pensar em que táticas e disposições de jogadores o São Paulo deve utilizar mais na Taça Libertadores.
Entretanto, é algo que requer um conhecimento aprofundado sobre política, com conhecimento da vida política do sujeito, observação de seu comportamento e um pouco de conhecimento de teoria política. No Brasil, infelizmente, essas características são atributos de poucos, já que a maioria dos brasileiros não gosta de ler e, como está dito aqui, é analfabeta política.
O analfabetismo político, assim como a alienação social, é extremamente nocivo ao País e compromete a sua existência como democracia. É extraordinariamente necessário educar a população para pensar em como ser pode mudar a política, estendendo a atenção aos homens/mulheres públicos(as) para muito além da época eleitoral, e não em se afastar dela.

Fernando Moreno Machado é formado em Sociologia e Política pela FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), Secretário-Geral do PSDB de Porto Feliz-SP, Delegado Estadual e Nacional do PSDB.


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

ALUNOS = MASSA DE MANOBRA?



Na data de hoje, 24/10/11, fui surpreendido por uma Manifestação de Estudantes e Professores contra a suposta “extinção” da ESCOLA MONSEHOR SECKLER, ocorrida na Câmara Municipal e em passeata pelo centro da cidade.

Na área da educação, que é tão importante quanto a da saúde, não é assim. Se você tem frequentado a imprensa nas últimas décadas, sua visão sobre educação será provavelmente idêntica à dos sindicatos de professores e trabalhadores em educação. Você deve achar que o Estado investe pouco em educação, os professores são mal remunerados, que as salas de aula têm alunos demais, que os pais dos alunos pobres não cooperam que deficiências nutritivas ou amorosas na tenra infância fazem com que grande parte do alunado seja “ineducável” e que parte do problema da nossa educação pode ser explicada pelo fato de que as elites não querem um povão instruído, pois aí começarão os questionamentos que destruirão as estruturas do poder exploratório dessas elites.

Não importa que todas essas crenças, exceto a última, sejam demonstravelmente falsas, quando se cotejam décadas de estudos empíricos sobre o assunto (a última não resiste à lógica). Todas elas vêm sendo defendidas, “ad nauseam”, pelas lideranças dos trabalhadores da educação. E como são muito pouco contestadas, acabaram preenchendo o entendimento sobre o assunto no consciente coletivo, e já estão de tal maneira plasmadas na mente da maioria das pessoas que todas as evidências apresentadas em contrário são imediata e automaticamente rechaçadas.

A sociedade parece não reconhecer que os sindicatos de professores pensam no bem-estar de seus membros, e não no da sociedade em geral. Incorporamos a idéia de que o que é bom para o professor é, necessariamente, bom para o aluno. E isso não é verdade. Cada vez mais a pesquisa demonstra que aquilo que é bom para o aluno na verdade faz com que o professor tenha de trabalhar mais: passar mais dever de casa, mais testes, ocupar de forma mais criativa o tempo de sala de aula, aprofundar-se no assunto que leciona. E aquilo que é bom para o professor — aulas mais curtas, maior salário, mais férias, maior estabilidade no emprego, maior liberdade para montar seu plano de aulas e para faltar ao trabalho quando for necessário — é irrelevante ou até maléfico para o aprendizado dos alunos.

É justamente por haver esse potencial conflito de interesses entre a sociedade (representada por seus filhos/alunos) e os professores e funcionários da educação que o papel do sindicato ganhou importância e que os sindicatos são tão ativos politicamente, convocando greves, passeatas, manifestando-se publicamente com estridência etc. Detalhe: tudo que é quanto é tipo de SINDICATOS está ligado ao PT.

Quanto à manifestação, confesso que não entendi a razão, sendo que tudo não passa de suposição. Os objetivos principais do programa Educação – Compromisso de São Paulo são fazer a rede estadual de ensino alcançar níveis de excelência e valorizar a carreira de professor. Iniciativa prevê ensino médio de tempo integral, atuação concentrada em escolas mais vulneráveis e outras ações.

Como podemos achar que um Programa com esse nível traga prejuízos aos alunos e professores? A resposta é simples, os professores que trabalham em mais de uma escola perderão com isso. Isso significa que mexerá no bolso deles. Por isso a revolta dos mesmos. Tem um monte de professor que finge que trabalha! Todo ano é a mesma coisa e os mais prejudicados são os alunos.

O Secretário de Educação Municipal, Sr. Julio Bronze, exonerou arbitrariamente Kátia Aparecida Bíscaro Rocha e Vivian Portronieri, dos cargos de Diretora e Vice-Diretora da escola municipal Coronel Esmédio, respectivamente, e seus alunos foram proibidos de se manifestar sob pena de punição sumária. Que bela demonstração Republicana daqueles que defendem a democracia no palanque, mas que em seus gabinetes agem de maneira arbitrária e de modo a cercear as liberdades constituídas.

A Diretora e a Vice reagiram de forma corajosa às resoluções do Poder Executivo que diminuem as salas de aulas e aumentando assim o número de alunos por salas na rede escolar do município. A determinação das Sras. Kátia e Vivian acabou lhes custando os seus cargos, mas serviu de exemplo para os educadores que buscam dignificar o ensino público no município, com altivez, coragem e determinação. Kátia e Vivian deixam uma lição de integridade para alunos e professores de todo o estado de São Paulo.

Eis a pergunta que não quer calar:

Porque os alunos, pais e funcionários não fizeram manifestação pela exoneração arbitrária de ambas? Provavelmente foram reprimidas pela Administração Pública.

Lula que só fez aumentar a massa de manobra com seus programas sociais. Não vejo diferença entre a ditadura da Líbia e a democracia do Brasil, veja os estados com seus José Sarney, Fernando Collor, Antonio Carlos Magalhães (falecido), etc. eles fazem dos estados o quintal de suas casas, tratam a população pobre como lixo oferecendo para eles o que há de pior em educação, saúde, segurança pública, etc.

Reclama-se de massas de manobra na época da ditadura e o que foi criado no país com a legião de miseráveis que vivem dos programas sociais é o que? Dar R$60 e manter o cidadão em plena ignorância, seria solução? Atrelar o valor da chamada BOLSA ESCOLA OU BOLSA FAMÍLIA apenas na frequência do aluno é justo? Fazer a pessoa comprar uma TV DE LCD ou CELULAR é ajudá-la socialmente?

Coitados desses alunos que foram ludibriados por uma minoria de Professores! Massa de manobra, servindo de bobos para um grupo que a última coisa que deseja é que esses alunos adquiram um espírito crítico, que busquem educação de qualidade.

As multidões vão às ruas pela marcha da maconha, MST, Parada Gay, por que não contra a corrupção? Esses alunos deveriam protestar contra Orlando Silva, Palocci, Zé Dirceu e Cia Ltda.