Na data de hoje, 24/10/11, fui surpreendido por uma Manifestação de Estudantes e Professores contra a suposta “extinção” da ESCOLA MONSEHOR SECKLER, ocorrida na Câmara Municipal e em passeata pelo centro da cidade.
Na área da educação, que é tão importante quanto a da saúde, não é assim. Se você tem frequentado a imprensa nas últimas décadas, sua visão sobre educação será provavelmente idêntica à dos sindicatos de professores e trabalhadores em educação. Você deve achar que o Estado investe pouco em educação, os professores são mal remunerados, que as salas de aula têm alunos demais, que os pais dos alunos pobres não cooperam que deficiências nutritivas ou amorosas na tenra infância fazem com que grande parte do alunado seja “ineducável” e que parte do problema da nossa educação pode ser explicada pelo fato de que as elites não querem um povão instruído, pois aí começarão os questionamentos que destruirão as estruturas do poder exploratório dessas elites.
Não importa que todas essas crenças, exceto a última, sejam demonstravelmente falsas, quando se cotejam décadas de estudos empíricos sobre o assunto (a última não resiste à lógica). Todas elas vêm sendo defendidas, “ad nauseam”, pelas lideranças dos trabalhadores da educação. E como são muito pouco contestadas, acabaram preenchendo o entendimento sobre o assunto no consciente coletivo, e já estão de tal maneira plasmadas na mente da maioria das pessoas que todas as evidências apresentadas em contrário são imediata e automaticamente rechaçadas.
A sociedade parece não reconhecer que os sindicatos de professores pensam no bem-estar de seus membros, e não no da sociedade em geral. Incorporamos a idéia de que o que é bom para o professor é, necessariamente, bom para o aluno. E isso não é verdade. Cada vez mais a pesquisa demonstra que aquilo que é bom para o aluno na verdade faz com que o professor tenha de trabalhar mais: passar mais dever de casa, mais testes, ocupar de forma mais criativa o tempo de sala de aula, aprofundar-se no assunto que leciona. E aquilo que é bom para o professor — aulas mais curtas, maior salário, mais férias, maior estabilidade no emprego, maior liberdade para montar seu plano de aulas e para faltar ao trabalho quando for necessário — é irrelevante ou até maléfico para o aprendizado dos alunos.
É justamente por haver esse potencial conflito de interesses entre a sociedade (representada por seus filhos/alunos) e os professores e funcionários da educação que o papel do sindicato ganhou importância e que os sindicatos são tão ativos politicamente, convocando greves, passeatas, manifestando-se publicamente com estridência etc. Detalhe: tudo que é quanto é tipo de SINDICATOS está ligado ao PT.
Quanto à manifestação, confesso que não entendi a razão, sendo que tudo não passa de suposição. Os objetivos principais do programa Educação – Compromisso de São Paulo são fazer a rede estadual de ensino alcançar níveis de excelência e valorizar a carreira de professor. Iniciativa prevê ensino médio de tempo integral, atuação concentrada em escolas mais vulneráveis e outras ações.
Como podemos achar que um Programa com esse nível traga prejuízos aos alunos e professores? A resposta é simples, os professores que trabalham em mais de uma escola perderão com isso. Isso significa que mexerá no bolso deles. Por isso a revolta dos mesmos. Tem um monte de professor que finge que trabalha! Todo ano é a mesma coisa e os mais prejudicados são os alunos.
O Secretário de Educação Municipal, Sr. Julio Bronze, exonerou arbitrariamente Kátia Aparecida Bíscaro Rocha e Vivian Portronieri, dos cargos de Diretora e Vice-Diretora da escola municipal Coronel Esmédio, respectivamente, e seus alunos foram proibidos de se manifestar sob pena de punição sumária. Que bela demonstração Republicana daqueles que defendem a democracia no palanque, mas que em seus gabinetes agem de maneira arbitrária e de modo a cercear as liberdades constituídas.
A Diretora e a Vice reagiram de forma corajosa às resoluções do Poder Executivo que diminuem as salas de aulas e aumentando assim o número de alunos por salas na rede escolar do município. A determinação das Sras. Kátia e Vivian acabou lhes custando os seus cargos, mas serviu de exemplo para os educadores que buscam dignificar o ensino público no município, com altivez, coragem e determinação. Kátia e Vivian deixam uma lição de integridade para alunos e professores de todo o estado de São Paulo.
Eis a pergunta que não quer calar:
Porque os alunos, pais e funcionários não fizeram manifestação pela exoneração arbitrária de ambas? Provavelmente foram reprimidas pela Administração Pública.
Lula que só fez aumentar a massa de manobra com seus programas sociais. Não vejo diferença entre a ditadura da Líbia e a democracia do Brasil, veja os estados com seus José Sarney, Fernando Collor, Antonio Carlos Magalhães (falecido), etc. eles fazem dos estados o quintal de suas casas, tratam a população pobre como lixo oferecendo para eles o que há de pior em educação, saúde, segurança pública, etc.
Reclama-se de massas de manobra na época da ditadura e o que foi criado no país com a legião de miseráveis que vivem dos programas sociais é o que? Dar R$60 e manter o cidadão em plena ignorância, seria solução? Atrelar o valor da chamada BOLSA ESCOLA OU BOLSA FAMÍLIA apenas na frequência do aluno é justo? Fazer a pessoa comprar uma TV DE LCD ou CELULAR é ajudá-la socialmente?
Coitados desses alunos que foram ludibriados por uma minoria de Professores! Massa de manobra, servindo de bobos para um grupo que a última coisa que deseja é que esses alunos adquiram um espírito crítico, que busquem educação de qualidade.
As multidões vão às ruas pela marcha da maconha, MST, Parada Gay, por que não contra a corrupção? Esses alunos deveriam protestar contra Orlando Silva, Palocci, Zé Dirceu e Cia Ltda.