Por Fernando Moreno Machado
Embora possam ser até considerados por alguns como sinônimos, são diferentes na prática, nos seus efeitos e nas atitudes dos que optam por eles.
Escrevo, mais uma vez a partir da notícia de que o PT irá “treinar”, “doutrinar” sua militância virtual para comentários nas redes sociais. Sabemos e acompanhamos o ódio com que os PTralhas atuam nas mídias sociais. Agora vão oficializar o ÓDIO contra os que não caíram no “conto do operário bêbado”.
A Ira, pelo Houaiss, é diversa do Ódio.
Até o Velho testamento cita por diversas vezes a Ira de Deus. Nunca o ódio de Deus. E cito as escrituras por ser de conhecimento de uma maioria, apresar de ser ateu convicto.
O Ódio leva a igualarmo-nos com quem nos fez mal. Leva-nos á semelhança de atitudes com o Mal. Iguala-nos, nivela-nos, pelas sombras da mágoa. É um permanente olhar para trás, para o passado, para a ofensa feita. O Ódio nos paralisa nos transforma em estátuas de sal.
É rancor que se guarda no coração e que envenena a alma e o corpo.
Das atitudes tomadas com ódio não nascem frutos, e se nascem, não são os bons frutos.
A Ira é diferenciada. Ocorre como atitude de combate à iniquidade, à injustiça, ao Mal... como a Ira de Jesus expulsando os que faziam do Templo local de comércio.
O ódio levou ao terror na Revolução Francesa, à barbárie sob o Stalinismo, ao genocídio sob o nazismo.
Para sermos mais contemporâneos: o ódio leva aos atentados do WTC em NY; às torturas em Abu Gharib; aos crimes homofóbicos na Avenida Paulista.
A Ira é sentimento revolucionário e justo de cada indivíduo, usado na necessidade da defesa dos valores humanistas universais.
O Ódio é sentimento malévolo plantado em nossos corações. Ofende a Humanidade de cada um de nós.
A Ira pune e perdoa. O Ódio vinga e culpa.
Fernando Moreno Machado é formado em Sociologia e Política pela FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), Secretário-Geral do PSDB de Porto Feliz-SP, Delegado Estadual e Nacional do PSDB.
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